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A acne, que pode se manifestar com cravos, espinhas e lesões císticas, ocorre devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas, que produzem mais sebo, aumentando a oleosidade da pele. Além disso, ocorrem alterações que levam a colonização da pele por bactérias.
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O processo inflamatório também pode ser influenciado por alterações hormonais, por isso é bastante comum na adolescência. Existe também a acne da mulher adulta, que além da influência hormonal, tem associação com cosméticos mais oleosos e até mesmo alimentação. Já é conhecido que alimentos com alto índice glicêmico (doces e carboidratos simples), leite (desnatado principalmente) e comidas gordurosas podem piorar a acne.
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A pele oleosa e com tendência a acne, deve seguir uma rotina de cuidados sempre voltados para o controle da oleosidade – higienizadores, filtro solar e hidratantes específicos. Deve-se associar o uso de ácidos (ácido retinóico e derivados, ácido azeláico, ácido salicílico, entre outros), combinados ou não a antibióticos tópicos. Em alguns casos é necessário tratamento com antibióticos sistêmicos e até isotretinoína oral. Limpeza de pele, peeling de cristal, peeling químico e tecnologias como LED e luz intensa pulsada também podem ser associadas ao tratamento com ótimos resultados.
Para os pacientes que evoluem com cicatrizes, existem vários tratamentos específicos, dependendo do tipo de cicatriz.

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A rosácea, que é erroneamente chamada de “acne rosácea”, atinge principalmente mulheres brancas, entre 30 e 50 anos. Não tem uma causa definida, mas existem vários fatores de piora: exposição solar, ambientes quentes, frio intenso, vento, alimentos e bebidas quentes, comida condimentada, bebida alcoólica, estresse emocional, exercício físico.
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A doença é caracterizada por vermelhidão principalmente no centro da face, com períodos de melhora e piora. A pele costuma ser mais seca e bastante sensível, por isso deve-se evitar determinados tópicos, que podem até agravar o quadro.
Não há cura para a rosácea. O controle pode ser obtido reconhecendo e evitando os fatores causais. Além disso, deve-se optar por higienizadores mais suaves, filtro solar de amplo espectro e hidratantes com ação calmante. Antibióticos tópicos e orais, isotretinoína oral e medicamentos que estabilizam a hiperreatividade vascular, comum na rosácea, também podem ser utilizados. Terapia com LED e luz intensa pulsada, quando associadas ao tratamento, costumam otimizar a resposta.